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13/11/2012

O livre arbítrio, a evolução e a necessidade de desconstrução da personalidade.


                     Quando falamos em livre arbítrio pensamos em liberdade, escolhas segundo nosso entendimento do que é bom ``para nós´´ em determinado momento. É muito visível no percurso da vida o quanto a ideia de livre arbítrio é equivocada diante de seus resultados. Essa aparente liberdade é de fato extremamente controlada e esse controle percebemos diante da infinidade de normas sociais que determinam o bom andamento do convívio civilizado. A realidade é que existem dois caminhos e esses caminhos são avaliados conforme a evolução de cada um. Essa tal evolução diz respeito as experiências sensíveis do espirito humano ou seja daquilo que já experienciou em sua vida ou no caso sendo reencarnacionista ``nas vidas ´´ já experimentadas anteriormente.
                    Desta forma uma pessoa ao se defrontar com uma situação qualquer que seja, possui necessariamente apenas dois caminhos a escolher o bom ou o ruim e essa escolha se pautará apenas no seu critério sobre o que seja bom ou ruim, é muito simples, se uma pessoa tem a oportunidade de roubar seja em qual situação sua mente subjetiva irá alertá-lo sobre o que já adquiriu evolutivamente sobre essa questão e automaticamente preverá seu futuro em ocorrência dessa atitude, porem esse futuro pode estar associado animicamente ao seu próprio passado, a esse respeito nos informa José Herculano Pires em, (Parapsicologia Hoje e Amanhã, pag. 66) ``Se existe uma estrutura do tempo, que poderia ser o fluir da duração do conceito bergsoniano, é lícito supor que a mente possa percorrê-la, libertando-se do condicionamento existencial "do aqui e do agora" em que nos encontramos. E há algumas experiências curiosas a respeito. Hornell Hart, em The psychic fifth dimension, trabalho publicado na revista da Sociedade Americana de Pesquisas Psíquicas, em 1953 (páginas 3 a 32) propõe o estudo dos fenômenos de projeção consciente do eu para solução do problema da supervivência do homem. São esses, os momentos excepcionais da libertação existencial, que geralmente implicam fenômenos de percepção sincrônica do tempo´´.
                    A ideia principal que envolve o livre arbítrio gira em torno do direito de escolha sobre seu ato de viver, ou seja, ao defrontarmos as dificuldades do dia a dia possamos refletir sobre vantagens e desvantagens de tomar essa ou aquela atitude, desta forma a Doutrina Espirita não foi a primeira a inserir em seu contexto doutrinário a ``opção de escolha´´ e também não é a única a assumir sua ruptura com as religiões tradicionalmente conhecidas devido aos dogmas impostos que fugiram totalmente do contexto proposto pelas ideias Patrísticas de conhecer a verdade pelo exercício da razão e essa razão alicerçada na fé apenas como revelação interior, ou seja que de certa forma o conhecimento afasta o homem da verdade em relação a sua natureza e sua natureza é DEUS onde crer simplesmente já é o bastante. Se pararmos para uma analise fria e imparcial vamos observar que sincreticamente o meio espirita esta impregnado de conceitos alheios a sua própria criação. Tudo que envolve moralização e evolução preexiste muito antes do Cristo, e coube a Jesus sintetizar todos os ensinamentos de forma simples e direta, se eliminarmos o preconceito que diga-se de passagem é muito mais motivado pela ignorância e comodismo vamos observar que a doutrina originariamente cristã prega única e exclusivamente a maneira ascética de viver ( oração, penitência, retiro, exame de consciência, direção espiritual, sacramentos ) ao qual se eliminarmos pontos dogmáticos em destaque ficaremos exclusivamente com a essência cristã ou seja, Oração, Retiro ( palavra que poderíamos repensar como retiro individual das contendas e não o isolamento ), Exame de consciência ( Vigiar ), Direção espiritual ( não no sentido de abstração ou misticismo, mas pautados pela lógica analítica donde não entra nossas emoções interferindo na dita razão ).
                     Pautado apenas nestas observações podemos perceber o quanto motivados única e exclusivamente pelo interesse pessoal, `` Questão 895 de O Livro dos Espíritos´´, abortamos grandes oportunidades de crescimento interior por medo de olhar para dentro de si a aceitar nossas ideias inatas (Aqui estamos falando de defeitos, pois eles são a nossa verdade intima e não propriamente as mascaras utilizadas das convenções sociais), aceitando-as não com subserviência mas com a coragem de quem deseja desconstruir a própria personalidade em detrimento do interesse pessoal que fala inseparavelmente do ego, envolvendo Vaidade, Orgulho, Egoismo entre outros aspectos negativos da humanidade.
                    Portanto que possamos refletir qual é nosso estado de espirito e em que pautamos nossos atos, pois muitas vezes estamos ``aparentemente´´ crescendo, quando na realidade em nome do livre arbítrio deixamos de produzir individualmente com resultados deploráveis por, em consequência atravancar o crescimento alheio.


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