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10/04/2013

A obrigatoriedade da leitura de Kardec

                    Durante os cursos nos Centros Espiritas é obrigatório a leitura das obras básicas de Kardec, infelizmente não da para mesurar o comprometimento de cada aluno com as leituras ao menos dos livros bases de estudo, livros dedicados ao incentivo da pesquisa pois abordam inúmeros autores revelando a vastidão de conhecimento ofertada pela Doutrina Espirita, a didática de ensino em geral leva o instrutor a conduzir os alunos como crianças donde a falta de obrigatoriedade de leitura faz com que se continue uma transmissão de conhecimentos quase equiparada ao ``senso comum´´, pois é mais fácil ouvir daqueles que supomos ser mais entendidos no assunto e devido a esse problema perdemos a oportunidade de observar a quantidade de opiniões pessoais que tramitam no meio espirita, é claro que enquanto humanos todos tendemos a direcionar aquilo que falamos mesclando com conceitos íntimos só que infelizmente algumas vezes são criados DOGMAS pessoais ( não doutrinários), então quanto mais estudarmos melhor poderemos separar o JOIO DO TRIGO, não digo separar de forma discriminatória, mas evitar engôdos causados por ignorância de personalidade ou se quiserem evitar as falacias.

                    O grande problema é que muitos alunos nos cursos não tem o hábito da leitura ou possuem um gosto por determinados tipos de literatura ditas espiritas mas que não deixam de possuir seu valor de aprendizado e quando levados a refletir sobre um determinado assunto ficam sem condições de expor sobre o que esta sendo abordado pois sentem-se  diminuídos pelo fato da enfase dada nos cursos sobre as obras de Kardec, o codificador em sua coletânea de, A Revista Espirita deixou claro que nós espiritas deveríamos ler sobre tudo para melhor compreender a Doutrina Espirita, ou seja conhecer a doutrina é muito importante desde que se possa comparar entre seus adeptos outras abordagens e não simplesmente ouvir que esse ou aquele assunto não é doutrinário por alguém não concordar ortodoxicamente. O fato é que as pessoas no inicio dos cursos até arriscam falar ou expor seus pontos de vista mas pelo despreparo psicológico de muitos instrutores são ironizados ou repudiados com veemência fazendo com que nunca mais se arrisquem a expor suas ideias ou duvidas isso quando não abandonam os cursos. Nestes casos o que mais se ouve é que não estavam preparados para receber a boa nova, háa se nossos confrades dessem atenção ao que falam ou sugerem como leitura talvez voltassem a ler o livro Os Mensageiros de André Luiz mais umas cem vezes ai sim entenderiam essa frase debochada.

                    Entendido então as questões da importância da leitura para não resvalarmos no erro da falsa condução vamos então as metodologias aplicadas na área de ensino.
                    Atualmente em minha opinião o melhor método de ensino organizado é o ESDE, Estudo Sistematizado da Doutrina Espirita da Federação Espirita Brasileira, FEB, pois da a oportunidade global de atuação dos alunos em sala sendo suas aulas participativas, donde se desestrutura a figura do INSTRUTOR pois ali não há professores mas FACILITADORES que por já terem passado por todos os cursos tem plena condições de auxiliar no desenvolvimento das tarefas. Ser um monitor ou facilitador do ESDE implica em ler as apostilas Tomos 1 e 2 de acordo com o curso inserido e preparar as aulas de forma dinâmica e participativa facilitando assim o desenvolvimento dos alunos durante as aulas, quebra-se o mito do instrutor do mestre em favor do aprendizado participativo. Outro ponto positivo o ESDE além de abordar todas as obras básicas ainda trabalha com praticamente todos os livros de André Luiz, alguns de Manoel Philomeno de Miranda, uma quantidade gratificante de estudiosos e cientistas que abordaram os mais variados assuntos doutrinários, proporcionando ao aluno um mini catalogo de pesquisa avançada, por isso de olho nos instrutores é importante a sua participação para que não se tornem ovelhas ao invés de estudiosos.

                    Uma boa técnica de leitura ou de reaproximação do hábito de ler é ler aquilo que gosta com frequência elevada assim quando necessitar ler algo que aparente ser enfadonho tera ao menos disposição psicológica para tal empreitada.

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