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10/04/2013

Os Modernos Vendilhões do Templo

Em se tratando de Doutrina Espírita ou ampliando o leque, de qualquer Doutrina Espiritualista é claro que não ocorrem incoerências ``doutrinárias´´,  pois todas trabalham dentro de preceitos lógicos e é claro dentro do bom senso moral e ético, mas como nem tudo é perfeito entra então o EU na  história, éeeeee isso mesmo o EU humano, e é justamente ai que geramos o titulo da pagina Incoerências Doutrinárias, a partir de agora preparem-se pois o objetivo é dar um passeio no EGO a principio alheio, mas como verão intrínseco a EU mesmo em todas as problemáticas apresentadas. Sejam bem vindos ao fantástico mundo da suposta reforma intima donde impera fortemente o EU e meus Interesses Pessoais, contraditórios é claro, segundo minhas simpatias e antipatias.

Essa pagina apesar de séria, não terá um tom monótono e sentencioso, acreditem.

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Os Modernos Vendilhões do Templo

                     Já ha algum tempo vinha intimamente fazendo algumas reflexões sobre a questão da venda seja de qual tipo dentro das casas Espiritas, os anos foram passando, observamos as necessidades que possuem uma instituição Filantrópica e algumas posições foram tomadas pelas Casas da Região visando a manutenção das atividades das casas, floresceram bancas de pastel, depois com o tal Up grade, tornaram-se cantinas que muito criticadas foram abençoadas pelos dirigentes pela perspicácia da Espiritualidade em busca da manutenção da harmonia, numa sessão mediúnica de desobsessão foi relatado que ali devido a alimentação muitos espíritos eram trazidos pelas sensações e atendidos em suas necessidades reais, ANÍMICO ou HARMONÍMICO, não interessa mais, pois já foi absorvido e se deve ou não deve se vender pasteis dentro das instituições todos os dias já não é mais motivo de diálogos acalorados, porem dentro do fator incoerência não me recordo de os responsáveis pelas fichas serem instruídos a darem pastéis quando identificarem casos de frequentadores que quase fogem das palestras por não terem onde deixar seus filhos que, inocentes não entendem que ali não se faz esmola constantemente, espero que pessoas de bom senso ao identificar essa necessidade façam o que aprenderam no Evangelho, tomem as dores do próximo, também com o passar dos anos as bibliotecas de empréstimo viraram livraria com lucro normal e tudo que tem direito claro que de vez em quando baixam-se o custo para livros exigidos no curso e até mesmo EU participei da criação do Clube do Livro em uma delas e de fato propicia vantagens para ambas as partes mas não deixa de ser venda e venda gera receita para casa e a casa com receita se mantêm limpa e funcional, e isso uma instituição Filantrópica pode se dar ao luxo pois não se trata de sua atividade principal que é a Educação no que concerne a Doutrina Espirita. 

                     Fechamos esse aspecto então com a seguinte conclusão, podemos vender roupas e trecos a preços ínfimos, podemos promover almoços beneficentes, podemos fazer eventos fora da casa em diversas instituições, podemos vender pastéis e livros, podemos gerar receita interna e até prestar serviços em beneficio da instituição, desta forma estaremos sendo coerentes com os ``princípios doutrinários´´.

                      Porem de alguns anos para cá é crescente a quantidade de profissionais que se formam e invariavelmente passam a captar seus primeiros clientes dentro das instituições sem ao menos se dar ao trabalho de trabalhar primeiro para empresas ou clinicas e aumentar sua experiência, montam de cara suas clinicas ou escritórios e o foco de sua divulgação são os quadros de informação ou algum de menor rotatividade e até mesmo palestras motivacionais onde deveriam falar do campo doutrinário espirita sem insinuar ou motivar a busca de atendimentos pagos, neste caso EU estaria de pleno acordo se o direcionamento fosse gratuito, é fato que em sua maioria também batalham seu desenvolvimento fora do meio, prestando serviços voluntários ou mesmo remunerados em outras denominações.
Temos também na mesma linha de raciocínio variados profissionais terapeutas e mesmo de muitas profissões autônomas e pequenos empresários, expondo seus serviços em quadros ``apropriados´´ e muitos mal frequentam a casa espirita, simplesmente passaram viram o quadro e como se trata de propaganda de serviços pagos claro que como bons divulgadores não deixariam a oportunidade passar.

                     Não esqueçamos que até ai nada existe de filantropia e existe ainda a conivência da instituição, mesmo não tendo controle e principalmente responsabilidade sobre o comportamento particular de cada profissional, pode vincular algum tipo de interesse particular de quaisquer membros voluntários, pois as remunerações ali adquiridas não são convertidas para a instituição. Entre uma e outra possibilidade contamos com o bom senso sempre.
                    O fato é que mesmo com justificativas esses produtos ofertados não atendem ao BEM COMUM ou COLETIVO, visa atender ambas as partes em sentido particular, pois enquanto instituição justifica-se sua manutenção e abertura e enquanto profissional autônomo visa a manutenção maior de si mesmo, mesmo que com a aplicabilidade na tentativa de auxiliar o próximo, o fato relevante é que todos profissionais já convocados a prestar serviços voluntários nas Instituições Espiritas, pouquíssimos possuem de fato espirito humanitário, doando seu tempo e valor profissional e beneficio eficiente do próximo.

                     Passado todas estas considerações e principalmente pautado na questão de que são todos justificáveis, recordo-me de diálogo estabelecido há algum tempo sobre a cobrança de um determinado trabalho profissional e a sua doação integral a outra Instituição Filantrópica, a questão era simples Poderia essa divulgação veicular dentro da Casa Espirita? E a resposta foi ``não´´ por se tratar de assunto fora do campo doutrinário e principalmente fugindo ao artigo 1° do Estatuto que trata de ser uma instituição sem fins lucrativos.

                    A grande questão ainda colocada foi de que ``Os meios não justificam os fins´´ 

                    Essa é uma colocação no mínimo interessante, pois ela pode ser usada no meio Espirita, por ignorância ou  com conhecimento de causa, se for por ignorância cabe o esclarecimento intimo e se for com conhecimento também cabe o esclarecimento, mas não o intimo e sim da Sociedade em geral, pois o sofisma nada mais é do que uma mentira intencional em detrimento de um bem maior enquanto a falacia é uma mentira por desconhecimento.

                    Vamos então ao ponto principal, o esclarecimento.

                    Quando se facilita um trabalho cobrado dentro da casa Espirita, direta ou indiretamente e essa arrecadação não chega nem em percentual aos caixas da instituição como doação não se trata de filantropia principalmente por não atingir o BEM MAIOR ``mesmo não sendo a principal atividade da casa´´ao qual se destina uma sociedade, porem quando se impossibilita uma atividade geradora de recursos através de um serviço profissional ao qual conhece-se o profissional alegando que os fins não justificam os meios, infere-se algo de prevenção particular sobre esse profissional, sendo assim quebra-se o interesse coletivo em beneficio do próprio EGO.

Esse texto é meramente ilustrativo, e, qualquer semelhança com algo que vivenciem ou já vivenciaram é pura ``coincidência´´, seu principal objetivo é levar o leitor a refletir a sua volta e caso identifique algo semelhante em sua instituição que possa como sócio contribuinte alertar a todos sobre tais despropósitos. 

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