Web Analytics

19/12/2012

Emoção ou Razão?

                    Durante esses anos dentro de casas espiritas ( nove no total ), bem valiosos e estruturados na mais ampla vontade de caminhar, tenho refletido sobre questões básicas no sentido individual e coletivo, em especial agora nestes dois últimos anos onde motivado por diversas situações passei a exercer uma atitude fundamental para alavancar meu progresso, ou seja, auto avaliar-me.
                    Um passo fundamental para essa avaliação é observar se não estamos confundindo Razão em detrimento da Emoção. Muitas vezes fixados num ponto de vista ou objetivo, agimos levados pela emoção particular esquecendo de observar ou ter a tal ``empatia´´ ao próximo alegando ser essa forma a mais adequada e racional, porem essa forma de agir pode estar mais ligada a emoção pois se agíssemos racionalmente, o assunto ou fato que nos motiva não viria a tona a todo momento com a justificativa de que racionalmente falando seriam corretas tal vontade de agir ou ser.
                    Exemplos de fatos que intencionalmente mascaramos como racionais são inúmeros, um deles bem declarado é quando não concordamos com uma ideia. Vou tentar exemplificar para que possamos traçar um paralelo sobre nossas atitudes e visualizar se estamos agindo desta forma com amigos, parentes ou qualquer pessoa de nosso relacionamento.
                    Trabalhemos com sentimentos básicos recentemente apropriados da Análise Transacional, MEDO, ALEGRIA, RAIVA, TRISTEZA, AMOR , como podem perceber cinco no total.
                    Eliminamos logo de saída, a ALEGRIA e o AMOR, tenho comigo que alguém que receba uma ideia com alegria e amor não teria como ser contra, afinal a alegria denota a satisfação da conquista ou tentativa de fazer algo do outro e isso não pode trazer contrariedade e também quem recebe uma ideia com amor reflete sobre ela antes de discordar, analisa prós e contras pois reconhece no outro potencialidades que não possui ainda ou já as possui e deseja ver o próximo atingindo seu soerguimento moral através das próprias experiencias.
                    Quem discorda por MEDO nem sempre o assume, pois muitas ideias requerem mudanças principalmente as ideias que são direcionadas a grupos de trabalho e algumas pessoas não desejam, temem as mudanças como a própria morte e por isso logo se opõe a tudo que lhe causa medo.
                    Há quem discorde de uma ideia por raiva, sim a raiva, sentimento que camufla a inveja dos inertes, pois toda oposição sistemática sem fundamentação denota, insatisfação consigo mesmo, a necessidade de querer estar ao centro mas sem recursos e autonomia de gerar novas ideias.
                    Há que se considerar ainda a TRISTEZA, sentimento que pode envolver em si todos os outros, afinal podemos ter raiva, medo, noção de dever ser alegre ou amar mais e obrigatóriamente ter de abafar os sentimentos anteriores.
                    Por isso, ao tomar uma decisão como racional devemos analisar se essa razão não vem carregada dos sentimentos inferiores de orgulho e vaidade que ainda somos possuidores, mascarando assim com argumentos de conservadorismo, pois muitas vezes o conservadorismo é mais ligado ao nosso processo estático de desenvolvimento.

Nenhum comentário: