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Regressão de Memória e o Espiritismo.

Regressão de memória e o Espiritismo, esclarecimentos iniciais.

                    O que é a regressão de memória? Fazendo uma breve reflexão e sem o pseudo culturalismo, chegamos a definição de regresso, volta, retorno, refazer os passos ou até mesmo regredir. Separo ocasionalmente a ultima palavra, ``regredir´´, das outras tantas variações, e em um movimento simples, tento avaliar os dois aspectos.
                    O primeiro que envolve o ato de regressar a um fato e, o segundo que envolve regredir, no sentido de voltar a ser ou sentir o que já passou. Assim no decorrer dessas analises, vamos desmistificar o assunto e, qual seu envolvimento com a verdade tanto espírita como a da psicologia, pois, essa eu me reservo o direito de excluir a suposta autoridade de avanço científico ao assunto, ao qual o movimento espírita idolatra, principalmente pelo religiosismo com que é tratado o espiritismo, e já que tratamos de espiritismo, a psicologia envolvida dentro da doutrina é o estudo da alma em relação a evolução ética e moral, e, a sua existência após a morte do corpo físico e, a psicologia materialista adotada por muitos confrades, como apoio, nem de perto chega próximo dos conceitos espiritualistas.
                    Devemos observar que, quando é utilizado esse termo, regressão de memória, dentro das casas espíritas, ocorrem alguns sentimentos.

                    Por exemplo, a ojeriza, a ortodoxia, a falta de conhecimento ou não do assunto e principalmente o descaso real com os fatos mediúnicos e anímicos, que envolvem essas questões. Como espíritas devemos refletir mais a respeito, pois casos que envolvem obsessões das mais simples as mais complexas, necessitam de esclarecimento, convencimento e orientação, de ambas as partes envolvidas.
                    O esclarecimento em primeira instância, é direcionado ao encarnado, pois segundo Kardec, conhecer as intenções do obsessor é um dos melhores caminhos para se combater moralmente essa influência,conforme KARDEC, Allan (O Livro dos Médiuns, item 244).
``A mediunidade é, para o Espírito, um meio de se fazer conhecido. Se ele é mau, sempre se trai, por mais hipócrita que seja. Pode, pois, dizer-se que a mediunidade permite se veja o inimigo face a face, se assim nos podemos exprimir, e combatê-lo com suas próprias armas. Sem essa faculdade, ele age na sombra e, tendo a seu favor a invisibilidade, pode fazer e faz realmente muito mal. A quantos atos não é o homem impelido, para desgraça sua, e que teria evitado, se dispusesse de um meio de esclarecer-se!´´.

                    O convencimento e a orientação, são direcionados tanto ao encarnado como o desencarnado (vulgo obsessor). Invariavelmente é ele, o desencarnado, bem consciente das dores que sofreu ou julga sofrer, ou do apego existente de sua parte em relação ao encarnado, percebam que geralmente o espírito se recorda das ``dores´´ apenas e, por dois motivos muito simples: não se recorda mesmo de fatos em que ele mesmo possa ter causado essa dor a outros, ou por, não praticar as leis éticas, não aceita para si aquilo que tenha feito a outro, assim num esforço mental, esconde tais pensamentos que, só através do dialogo, onde pela perspicácia do doutrinador, ele mesmo comece a falar sobre os fatos, sendo assim uma questão de convencimento e não esclarecimento.

                    Assim, pela rememoração dos fatos, pode-se, de ambas as partes abrir-se mão daquilo que os incomoda analisando o que passou e como estão psicologicamente na atualidade. Dessa forma, a regressão em si pode-se dar de, ao menos duas, formas e, não necessariamente pelos fenômenos da emancipação da alma, São as formas, mediúnica, e fenomenológica existente na dialética.

                    Um exemplo: Em uma atividade mediúnica, apenas pelo diálogo, pode-se extrair do espírito obsessor os motivos que o movem e, estando de posse dos motivos, estamos também em boa parte a par da personalidade do encarnado perseguido cuja repetição ocorre com frequência, criando a sintonia necessária ao assédio espiritual.
                    Com esse movimento, do ir e vir do pensamento, é que ocorrem as tais regressões que, e não necessariamente da forma preconceituosa existente no M.E.B, ``Movimento Espírita Brasileiro´´.
                    Mas e se ocorrer visualizações com o assistido? Quais são os tipos de visualizações e os por quê? Elas ocorrem naturalmente? São repetidas conscientes ou não? Se são naturais elas procedem da parte de quem, mentores? Quem são os mentores? Lembrando que a utilização da palavra mentor, por si apenas, não é garantia de ser boa. Pois mentor é aquele que guia, orienta, e suas orientações estão no nível de suas qualidades.
                    Enfim, são muitas questões a serem analisadas a luz da Doutrina Espírita, e espero atingir o objetivo maior, que é a conscientização, de quem se preocupa com o assunto.
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Obstáculos doutrinários? Ou pontos de reflexão?

                    Um dos maiores obstáculos doutrinários, apontado pelo meio espírita, a respeito da regressão de memória é o item ``Esquecimento do Passado´´ a partir da questão 392 até a 399, de O Livro dos Espíritos.
 392-Por que perde o Espírito encarnado a lembrança do seu passado?
“Não pode o homem, nem deve, saber tudo. Deus assim o quer em sua sabedoria. Sem o véu que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, como quem, sem transição, saísse do escuro para o claro. Esquecido de seu passado, o homem é mais senhor de si.”
                      Essa questão, fala sobre o beneficio do esquecimento do passado diante de uma nova encarnação (REENCARNAÇÃO), o fato de não saber tudo, indica que na nova existência não deixaria de exercer seu compromisso, diante da possibilidade de em outra existência sua vida ter sido mais fácil por exemplo, de não reconhecer entes que já viveram ao seu lado muitos deles algozes e, isso, traria infelicidade ou revolta. Nessa nova existência pode ter maior segurança, caso esteja repetindo uma tarefa mau executada anteriormente, então ocultar certas lembranças é de fato benéfico, não há duvidas quanto a isso.
                     Porém essa forma de enxergar a questão não se encerra ai, como se o assunto nas obras básicas se resumisse a uma única questão, o fato é que, quando estudamos algo, devemos no mínimo buscar a compreensão integral do assunto e como ela era mencionada na época em que foi escrita.
                     E para se ter essa analise completa, requer no mínimo estudar toda a obra de Kardec, pois se não fizer esse estudo, estará tendo um olhar literal e, ao fazer essa interpretação literal só irá estar demonstrando ignorância doutrinária e, o péssimo hábito de repetir o que ouve.

 393. Como pode o homem ser responsável por atos e resgatar faltas de que se não lembra? Como pode aproveitar da experiência de vidas de que se esqueceu? Conceber-se-ia que as tribulações da existência lhe
servissem de lição, se se recordasse do que as tenha podido ocasionar. Desde que, porém, disso não se recorda, cada existência é, para ele, como se fosse a primeira e eis que então está sempre a recomeçar. Como conciliar isto com a Justiça de Deus?

                     Conforme a resposta a seguir, ``Em cada nova existência, o homem dispõe de mais inteligência e melhor pode distinguir o bem do mal. Onde o seu mérito se se lembrasse de todo o passado?´´, percebo que há muita fragmentação de ideias para que se queira saber sobre o passado, oras, é claro que observando as próprias tendências irá ter uma ideia bem precisa de como se comportou em outras existências, por isso a noção de melhor distinguir o ``bem e o mal´´, mas para quem possui está ou aquela qualidade, sabendo-se que qualidade não significa ser ou ter boa índole, a noção de bem e mal pode estar invertida e, o que é bom para mim ou para você pode ser muito ruim para outra pessoa. Mas para quem se diz Espírita, é necessário observar tais pontos de referência, ou seja, suas próprias tendências e, tirar o melhor partido desse reconhecimento sincero. Tendo essa noção sobre seus vícios atuais, pode ter uma boa base do que já ocorreu em outras existências, mas, para se ter esse reconhecimento sobre suas tendências do passado, tem antes de tudo, aceitar que possui ainda tais más tendências e lutar contra se compreender que isso pode lhe trazer malefícios.
                    Porém a grande questão, é que a maioria das pessoas não está em condições de aceitar, ou de abrir mão do que julga confortável, ou melhor dizendo, daquilo que lhe dá prazer. A grande maioria, apenas tem a noção do bem e do mal praticado contra si e, não do que se encontra em si mesmo. Não haveria relação com mérito e sim a testificação dos próprios desejos.

                    Ainda respondendo a questão os espíritos dizem que;

``Quando o Espírito volta à vida anterior (a vida espírita), diante dos olhos se lhe estende toda a sua vida pretérita. Vê as faltas que cometeu e que deram causa ao seu
sofrer, assim como de que modo as teria evitado. Reconhece justa a situação em que se acha e busca então uma existência capaz de reparar a que vem de transcorrer.´´

                    Com relação a essa perspectiva, qual é a noção de tempo que ocorre tal reconhecimento de sua vida pretérita?


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